A empresa tcheca Energo-Pro está ingressando no mercado brasileiro por meio de aquisições estratégicas no setor de energia. Sob o comando do ex-executivo da Actis, Bruno Moraes, a empresa visa construir um portfólio por meio de fusões e aquisições (M&A). Enquanto diversos investidores internacionais estão entrando no mercado brasileiro por meio de aquisições em setores como consumo e serviços, o setor de energia também está atraindo novos players. A Energo-Pro, com aproximadamente 1,5 bilhão de euros em ativos no Leste Europeu, estabeleceu um escritório local e está buscando ativos para adquirir, com foco principal em hidrelétricas.
Ao contrário das transações recentes no campo de energias renováveis, que se concentraram principalmente em energia eólica e solar, a Energo-Pro está interessada principalmente em investir em hidrelétricas. Bruno Moraes, que tem uma experiência significativa em investimentos de energia através de M&A, está liderando as operações locais da empresa. Ele está montando uma equipe que deve ser composta por cerca de 15 pessoas em 18 meses.
A estratégia da Energo-Pro envolve adquirir ativos operacionais ou aqueles próximos à operação, com foco em energia renovável, especialmente hidrelétricas. A empresa não tem um valor fixo definido para aquisições locais, mas almeja atingir cerca de 1,5 GW em cinco anos, gerando um Ebitda de R$ 1 bilhão. Isso implicaria um investimento estimado entre US$ 400 milhões e US$ 500 milhões no Brasil ao longo desse período.
A Energo-Pro, com 30 anos de experiência na Europa e no Oriente Médio, começou sua expansão nas Américas com um escritório na Colômbia, onde focará no desenvolvimento de projetos de energia renovável. Além disso, a empresa também possui uma vertical de equipamentos para o setor energético e já possui parques geradores hídricos e concessões de distribuição.
A empresa considera o mercado brasileiro atraente devido à escala, robustez regulatória e dinamismo do mercado, que apresenta um volume de transações acima da média de infraestrutura em geral. Após consolidar suas operações no Brasil, a Energo-Pro pretende explorar novos mercados na região para diversificar seu portfólio e moeda, aproveitando os contratos de compra de energia denominados em dólar em países vizinhos.
Fonte: Pipeline.
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