Mensurar o valor de uma startup é fundamental para a captação de recursos. Porém, a definição do valuation pode ser um desafio nas negociações entre empreendedores e investidores, especialmente quando a startup está no early stage e ainda não tem um faturamento consolidado**.**
Um painel da 10ª edição da Conferência Nacional 2023, realizada pela Anjos do Brasil em São Paulo (SP) nesta quinta-feira (19/10), abordou os principais pontos a serem levados em consideração no momento de definir esse valor. Participaram da conversa Fábio Ferrari, diretor do Grupo Temático de Investimentos da Associação Catarinense de Tecnologia; Paulo Justino, CEO da FCJ Venture Builder, e Leonardo Brunale, partner na Polaris Investimentos. A mediação foi de Gustavo Dalcolmo, sócio do escritório FM/Derraik.
Dalcolmo iniciou o painel questionando as diferenças na definição do valor de mercado de startups e companhias tradicionais. Os participantes concordam que as incertezas do ecossistema de inovação tornam essa tarefa mais desafiadora para as startups. Diferentemente de outras empresas, os fatores levados em consideração nem sempre são clássicos, como oferta e demanda. “Pontos sociais, como relacionamento e confiança entre investidores e empreendedores, muitas vezes são mais importantes do que números“, opina Brunale.
Justino e Ferrari acreditam que o perfil do empreendedor é um ponto-chave na negociação. “É preciso ter um líder dedicado e que dê conta de todas as demandas sem abrir mão da solução e da equipe, por exemplo”, diz Justino.