A pesquisa “Justiça em Números” de 2023, divulgada pelo CNJ em maio de 2024, revela um cenário alarmante com 83,8 milhões de processos pendentes, um recorde histórico que reflete uma alta litigiosidade sem precedentes globalmente. A Justiça Estadual concentra quase 80% desses casos, com uma média de duração de 4 anos e 5 meses para conclusão. O custo operacional do Judiciário brasileiro atinge 132,8 bilhões de reais, correspondendo a 1,2% do PIB nacional, com um gasto per capita de R$ 653,70. Diante desses números, destaca-se a necessidade urgente de alternativas eficientes para resolver disputas, como a mediação, a arbitragem e os métodos extrajudiciais, que oferecem soluções mais rápidas e econômicas para as partes envolvidas.
A análise também evidencia áreas críticas de litigância, como questões envolvendo servidores públicos, previdência, tributação, direito do trabalho e saúde, além de destacar o papel das instituições financeiras e companhias aéreas como rés frequentes. Em contraponto ao Judiciário sobrecarregado, a arbitragem emerge como uma alternativa viável, não só pela sua rapidez média de 18,41 meses por processo em 2022, mas também pela segurança jurídica proporcionada, com índices ínfimos de anulação de sentenças. Promover uma cultura de resolução amigável de conflitos torna-se crucial para aliviar a carga do sistema judicial e garantir uma justiça mais acessível e eficaz para todos os brasileiros.